segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Use seu cérebro para a glória de Deus!


“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” – 1 Coríntios 10:31.
O que deve caracterizar um cristão, em primeiro lugar, é sua devoção à Glória de Deus. Como diz o Breve Catecismo de Westminster: “O fim supremo do homem é glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre” (BCM nº1).
Glorificar a Deus não é apenas cantar músicas no culto com as mãos erguidas, prestar atenção no sermão de domingo, ou mesmo fazer boas obras. A vida, com toda a sua complexidade, deve ser voltada para a Glória de Deus. “Quer comais, quer bebais”, significa que até nos aspectos fisiológicos mais simples e essenciais (comer e beber), nós podemos, e devemos, glorificar a Deus.
“Ou façais outra coisa qualquer”. Você já pensou na amplitude desta afirmação? Pense em todas as atividades que você realiza em um dia. Acordar, escovar os dentes, tomar café da manhã, tomar banho, arrumar-se, dirigir, trabalhar, escrever, telefonar, mandar e-mails, conversar, almoçar, descansar, assistir televisão, ler a bíblia, orar, dormir. Tudo isso deve ser feito para a Glória de Deus. Como? Dando graças a Ele, reconhecendo que tudo vêm dEle e é para Ele, alegrando-se em saber que Sua graça é presente em cada atividade do seu dia. “Pois tudo o que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado” (1 Timóteo 4:4-5).
É neste ponto que chego ao título deste texto. O grande diferencial humano, em relação ao restante da criação, é sua capacidade racional. É o que proporciona nosso relacionamento com Deus e com o próximo, é o que justifica nosso envolvimento cultural nesta terra, é o que nos possibilita fazer todas as coisas para a Glória de Deus. No entanto, um grande número de cristãos, desde séculos passados, têm travado uma batalha contra a razão, argumentando que ciência e religião nada tem em comum, que pensar é perigoso, e portanto, não devemos fazê-lo. Sei que posso ser criticado por isso, mas creio que este pensamento é pecaminoso, pois Deus nos criou para para Sua Glória, e isto inclui nossa racionalidade; a partir do momento em que deixamos de usá-la, não estamos glorificando a Deus, e quanto não glorificamos a Deus, pecamos.
É por isso que dou graças a Deus quando penso nas centenas de homens e mulheres que usaram seu cérebro, deixando um legado espiritual para todos nós. Pessoas que entenderam que Deus criou tudo o que há, e fizeram uso da ciência como uma forma de entender a criação. Gente que não separou a razão da emoção, mas entendeu que ambas são complementares, que cérebro e coração fazem parte do todo humano, criado por Deus. Foram estes que criaram as Universidades, que incentivaram o aprendizado e o conhecimento; afinal, a Palavra de Deus chegou até nós de forma escrita, por meio de um livro. E se hoje podemos ler nossas Bíblias em diversos idiomas, é porque pela graça de Deus, homens usaram seu cérebro para traduzir as Sagradas Escrituras a partir dos textos originais, possibilitando sua leitura até mesmo por uma criança.
Enfim, usar a razão não é pecado, mas uma benção. Deus nos deu nosso cérebro por um motivo, para ser usado. Portanto, seja criativo, estude, aprenda, medite, leia, viva, use seu cérebro para a Glória de Deus!


Soli Deo gloria!

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