Graça e paz gente!
Pensando na semana dedicada a Reforma Protestante, é interessante falar um pouco sobre os 5 Solas que surgiram durante a Reforma. A palavra latina "sola" significa "somente" em português. Os cinco solas sintetizam os credos teológicos básicos dos reformadores, pilares os quais creram ser essenciais da vida e prática cristã.
E ao longo dessa semana, falaremos um pouco sobre o que cada Sola significa.
E para começar, vamos falar sobre o Sola Scriptura:
Apesar de os reformadores reconhecerem que Deus havia entregado
sua Palavra ao seu povo de várias maneiras antes da vinda de Cristo (Hebreus
1:1), eles argumentaram que não devíamos mais aguardar a revelação contínua,
agora que Deus havia falado finalmente através do seu Filho. A Escritura
é clara quanto ao dom apostólico ter sido projetado para executar uma tarefa
única e histórico redentiva: estabelecer as bases da igreja (Efésios 2:20). A
atividade de estabelecimento da fundação realizada pelos Apóstolos consistia
principalmente em dar à igreja um depósito de ensino autorizado que
testemunhasse a grande obra redentora de Cristo. Assim, os escritos do Novo
Testamento, que são a personificação permanente do ensino apostólico, devem ser
vistos como a última parcela da revelação de Deus para o seu povo. Esses
escritos, juntamente com o Antigo Testamento, são os únicos que são
corretamente considerados a Palavra de Deus.
Esta convicção de sola Scriptura - somente as Escrituras, é a Palavra
de Deus e, portanto, a única regra infalível para a vida e doutrina - fornecia
o combustível necessário para inflamar a Reforma. Na verdade, foi considerada
como a “causa formal” da Reforma (considerando que sola
fide, ou “somente a fé”, foi considerada como a “causa material”).
Os pontos de vista desta doutrina são personificados no famoso discurso de
Martinho Lutero na Dieta de Worms (1521), depois que ele foi convidado a
retratar os seus ensinamentos:
A menos que possa ser refutado e convencido pelo testemunho da
Escritura e por claros argumentos (visto que não creio no papa, nem nos
concílios; é evidente que todos eles frequentemente erram e se contradizem);
estou conquistado pela Santa Escritura citada por mim, minha consciência está
cativa à Palavra de Deus. Não posso e não me retratarei, pois é inseguro e
perigoso fazer algo contra a consciência... Que Deus me ajude. Amém!
Para Lutero, as Escrituras, e somente as Escrituras, eram o
árbitro máximo do que devemos acreditar. (Autor: Michael Kruger)
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